Geralmente, quando falamos em sistemas de qualidade, os olhos dos empresários e executivos costumam brilhar. Qual a empresa ou profissional que não deseja ser reconhecido como diferente, principalmente pelo nível de trabalho ofertado à cada cliente?

Mas quando a época é de vacas magras, as coisas costumam não ocorrer sempre assim.

De uma maneira geral, sabemos que um programa de qualidade pode ser visto sempre de duas maneiras.

A primeira como uma regra imposta por organismos, os stakeholders para usarmos a palavra técnica correta. Dentre estes temos: o governo, com suas agências regulatórias, departamentos, normas, regras e leis. Ou ainda, o mercado impondo alto nível de concorrência ou de exigência dos clientes.

A outra forma é ver como uma poderosa ferramenta de marketing capaz de efetivamente diferenciar empresas, colocando cada uma em um determinado tipo de nicho, onde ter um sistema de qualidade impecável realmente faça a diferença entre ter lucro ou ter sucesso.

A diferença entre as duas formas de ver a qualidade é a oportunidade de ampliar o escopo de estratégia. Principalmente se a cultura organizacional estiver envolvida. Em uma, a primeira, a qualidade sempre será vista como custo e imposta por outro. Na segunda, como desafio a ser alcançado da forma mais exata: como opção.

De um lado, os custos. Do outro as oportunidades estratégicas proporcionadas por sistemas que traduzem melhoria e não apenas controle.

Claro que para atingir este patamar de oportunidades estratégicas, é necessário iniciar pelo controle e pela educação. Para saber se o que estamos fazendo realmente está certo e acordo com algum parâmetro e se o conhecimento usado é adequado, moderno, preciso. Nesse aspecto, diversas metodologias ajudam. Do 5S ao Seis Sigma. Mas, a sua maioria requer tempo e estudo...

A forma mais óbvia, prática e de maior velocidade é ter alguma referência. Um Norte. Um conjunto de metodologias testadas e evidenciadas por outras empresas iguais ou de mesma indústria que a nossa, além de referendadas por organismos governamentais e instituições internacionais.

Mas, como disse, qualidade é mais do que controle. É preciso que o programa de qualidade da empresa, baseado no controle e na educação continuada, evolua para um sistema de qualidade capaz de analisar a organização como o sistema complexo que é.

Essa é que a verdadeira oportunidade estratégica fornecida pela ciência da qualidade: criar condições para evolução do sistema de qualidade, aumentando a capacidade das empresas se tornarem cada vez mais competitivas dentro de seu mercado.


Escrito por Edson Gil de Mattos Júnior
Fonte: Site Administradores.com.br

0 Comments:

Post a Comment




 

Layout por GeckoandFly | Download por Bola Oito e Anderssauro.